"‘Há muito mais peixes no mar’, diz certo ditado em inglês. Mas isso está errado", comenta a revista londrina The Economist. "A abundância do mar tem sido explorada além do limite." Desde o seu apogeu em 1989, a pesca marinha mundial vem declinando. A razão é simples: "Pouquíssimos peixes estão sendo deixados no mar para manter as reservas de desova. Os pescadores estão vivendo além do seu capital, consumindo os recursos que deveriam render novas pescas." Segundo a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, 13 dos 17 principais pontos de pesca dos oceanos do mundo estão com sérios problemas — 4 deles são classificados como comercialmente esgotados. Tecnologias sofisticadas — como o sonar e comunicações via satélite — tornaram possível que os pescadores localizassem peixes mesmo em regiões remotas e retornar a pontos precisos de pesca produtiva. Enormes barcos de arrasto, do tamanho de campos de futebol, com redes até maiores, apanham quantidades excessivas de peixe. A culpa por este desperdício cabe aos governos, diz o The Economist, visto que 90% da pesca mundial ocorre dentro das 200 milhas náuticas do litoral de alguns países, águas sobre as quais eles afirmam ter soberania. Os governos mantêm afastadas as fragatas de pesca de outras nações, mas permitem a ampliação da frota de fragatas domésticas, e até mesmo lhes dão subsídios.

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