5 de mar. de 2009

Plantas versus poluição

REMOVER poluentes do solo e da água contaminados é uma tarefa demorada, cara e, em geral, difícil. Mas plantas bem comuns estão conseguindo fazer o trabalho sozinhas.
Os cientistas têm cogitado usar um tipo comum de aguapé e a boa-noite para limpar locais onde antes se armazenava munição e assim reutilizar a terra. Em testes, a Myriophyllum aquaticum e a boa-noite esterilizadas extraíram tão bem o TNT (dinamite) que, em uma semana, não havia vestígios de explosivos nos tecidos das plantas e quando queimadas elas não explodiam! Outros pesquisadores descobriram que as células e os extratos da beterraba comum podem absorver e decompor a nitroglicerina.
E a água fortemente contaminada por radiação? Parece que os girassóis ajudam. Usaram-se girassóis de seis semanas de idade para tratar o esgoto contaminado de uma fábrica abandonada de urânio em Ohio, EUA. Qual foi o resultado? Reduziu-se a contaminação por urânio de uma média de 200 microgramas por litro para menos que o limite de segurança, de 20 microgramas por litro. Outros testes, no local do reator de Chernobyl, perto de Kiev, Ucrânia, mostraram que em dez dias os girassóis absorveram 95% do estrôncio e do césio radioativos!
Logo os fazendeiros poderão começar a usar o íris amarelo e a tabua (um tipo de junco) para evitar poluir os cursos de água com pesticidas e herbicidas. O processo de descontaminação é realizado basicamente por micróbios que vivem nas raízes das plantas e que decompõem os contaminantes e limpam a água.
Os exemplos acima ilustram a maravilhosa capacidade da Terra de limpar a si mesma.

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