4 de mar. de 2009

Besouros Estercorários

Todos os dias, a vaca produz em média de 10 a 15 bolotas de estrume; o elefante, cerca de 2 quilos mais ou menos a cada hora. Acrescentem-se a isso os excrementos de todos os demais animais, incluindo o homem, e talvez se pergunte como é que a esta altura o nosso globo não está coberto de excremento. Aqui é que entram em cena os besouros estercorários. Todos os dias eles põem fim a maciças quantidades de excremento. Assim que o excremento é depositado, milhares de besouros de tantas quantas 120 espécies convergem para o local e rapidamente o levam embora. Pesquisadores chegaram a contar 16.000 besouros numa única bolota de estrume de elefante, que havia desaparecido completamente quando os cientistas retornaram duas horas depois. Algumas espécies até mesmo se prendem à cauda de certos animais e saltam sobre o excremento em pleno ar. O que quer que deixem de consumir, transformam em bolinhas e as enterram como alimento para sua progênie. Por assim fazerem, prestam outro grande serviço à humanidade — acrescentam o nitrogênio fertilizador ao solo. Também revolvem o solo e o arejam, e as larvas do besouro consomem as larvas de moscas e de vermes parasíticos que vivem no excremento e que podem disseminar doenças. Eles são tão valiosos que os antigos egípcios até veneravam o escaravelho.

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