Como poderiam ladrões descobrir o código do computador dum banco e tão facilmente extrair mais de US$ 600 mil dos seus fundos de reserva? A Divisão de Fraudes da Scotland Yard, da Grã-Bretanha, está pelejando para descobrir isso. “Não existe evidência do envolvimento de funcionários”, afirma a direção do banco. Quem, então, são os criminosos? Ladrões que ilegalmente programaram o sistema de computador do banco. “A extração foi engenhosamente disfarçada”, noticiou o jornal Daily Mail de Londres. Houve verdadeiro pânico no banco.

A fraude nos computadores não é novidade na Grã-Bretanha. Todo ano, dezenas de milhões de libras são roubados dessa forma. Tampouco se trata dum problema nacional. Há uma investigação referente a uns US$ 20 milhões que desapareceram numa transação feita com um banco de Nova Iorque, EUA. De fato, o crime por computador talvez seja a indústria que mais cresce no mundo.

Séria como seja tal manipulação ilegal de computadores, ela obviamente tornou-se mais sinistra com a introdução da sabotagem. O jornal The Times de Londres, informou que funcionários descontentes programam comandos ilegais que “entram em ação numa ocasião específica ou numa dada combinação de situações”. Os efeitos podem ser devastadores, com perdas incalculáveis. Dos 15 grandes incidentes de sabotagem examinados na Grã-Bretanha no ano passado, um terço deles levou as empresas à bancarrota. Esses crimes têm agora seu próprio nome — “bombas-relógio lógicas”. Por meio delas, valiosas listas de clientes, faturas de vendas, e outras informações fundamentais, essenciais para a operação duma empresa moderna, são irremediavelmente perdidas.

Ainda mais alarmante é o chamado vírus do computador, noticiado como estando ativo nos Estados Unidos. Nesse caso, o computador é programado com instruções ilegais que também são geradas internamente. À medida que cada conjunto de instruções é executado, mais dano é realizado. Imagine as conseqüências de toda essa ação autodestrutiva.

Então, o que pode uma empresa fazer para evitar a fraude e a sabotagem? A solução reside inicialmente em se contratar firmas de confiança e fidedignas para instalar o sistema de computador, e daí empregar funcionários honestos e de confiança para operá-lo. Mas isso nem sempre é fácil. E quem garante que o empregado não vá ficar mais tarde descontente?

Contudo, outro problema delineado no jornal The Times de Londres está relacionado com “cínicos programadores de manutenção e analistas autônomos, que se asseguram de que o sistema de computador apresente defeitos com freqüência, e, assim sendo, gere trabalho para eles”. Fraude, sabotagem e engano - parece que as empresas que procuram ficar em dia com a tecnologia moderna não conseguem vencer. O Daily Mail lamenta: “Os computadores, aclamados como a força milagrosa do século vinte, têm tanto potencial para o mal como para o bem.” Ou será que a culpa cabe realmente à desonestidade do homem?

1 comentários:

Anônimo disse...

cara é incrível como estes crimes aumentam ano a ano!